quinta-feira, 19 de junho de 2008




Sento-me no chão frio da varanda e penso em ti. Não imaginas as saudades que tenho tuas. Não interessa se partiste há um minuto, um dia, um mês, só sei que o coração deu o alerta e que se encontra a sangrar mais do que é habitual.


Tu não estás! (Onde estás tu?)


E esta mágoa que me invade deixada pela tua ausência dá lugar às saudades…de te ver dormir, de velar o teu sono profundo com a vã ilusão que talvez sonhes comigo. Saudades…de te sorrir ao acordar e no meu sorriso ter o poder de te oferecer 24 horas plenas de felicidade. Tenho ainda saudades de te colocar um beijo ternurento de Bom Dia nas pestanas ensonadas dos teus olhos. Saudades de te abraçar, bem apertadinho, com toda a minha frágil força, abraçar contra o meu peito e sentir a pulsação dos nossos corações a bater em uníssono. Saudade, ainda, do arrepio que me percorre a pele branca sempre que te moves, sempre que te aproximas. Saudades… do gosto licoroso a que sabes quando me beijas, dos teus lábios que me despertam os sentidos e dessa tua língua que me acorda os prazeres. Tenho ainda uma saudade imensa, da imensidão azul dos teus olhos, que as nuvens invejam o tom e o mar inveja a profundidade. Saudade, sofrida, de entrelaçar os meus, nos teus dedos, amalgamando assim o toque dos corpos. Tenho saudades de coisas tão insignificantes… da mesma forma que tenho daquelas, que são e foram, as mais importantes... Como a tua voz sibilante a sussurrar baixinho ao meu ouvido… o quanto me amas… o quanto me desejas… de sentir essa mão-travessa a invadir o interior da minha camisola, a deslizar segura até ao contorno do meu peito, de percorrer com avidez a silhueta do meu corpo nu. Saudades…de te sentir entrar em mim pelas janelas do meu corpo, pela porta da minha vida, pela cave dos meus medos, pelo sótão dos meus sonhos e de te sentir fechar a sete chaves todo o teu amor e atirar ao vento o cadeado.

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