sexta-feira, 27 de março de 2009


Eu quero a sorte de um amor tranqüilo

Com sabor de fruta mordida

Nós na batida, no embalo da rede

Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio

Pelo inferno e céu de todo dia

Pra poesia que a gente não vive

Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a sua fonte escondida

Te alcance em cheio o mel e a ferida

E o corpo inteiro feito um furacão

Boca, nuca, mão, e a tua mente, não

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum remédio que me dê alegria

ESPERA...


Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.